segunda-feira, 30 de abril de 2012

"A TRAJETÓRIA DE UM VERDADEIRO ZELADOR DE UMBANDA"


"Sentado ali em frente de seu congá o velho pai de santo relembra com surpreendente nitidez sua infância e seu primeiro contato com a espiritualidade.

Nitidamente ele se vê na ten
ra infância a brincar sozinho no amplo quintal da casa de seus pais.
Lembra-se que alguma coisa o fez olhar para as nuvens e diante dele uma estranha imagem se forma:
um velho sentado ao redor de uma fogueira e um menino a ouvir-lhe estórias. De alguma maneira o menino ao ver aquela cena sabia que se tratava dele mesmo.

O tempo passou e a cena jamais esquecida e também jamais revelada, o acompanha em sonhos e lembranças.

Cresce e acaba se tornando médium Umbandista.
Aos poucos vai conhecendo seus guias, que vão tomando seu corpo nas diversas "giras de desenvolvimento".
Primeiro o Caboclo que lhe parece muito grande e forte, depois os demais...
Até que, ao completar 18 anos, seu Exu também recebe permissão para incorporar.

Já não é mais médium de gira, a bem da verdade ocupa o cargo de pai pequeno do terreiro. Percebe que não tivera uma adolescência como a da maioria dos jovens que lhe cercam na escola.
Não vai a bailes, festas...
Dedica-se com uma curiosidade e um amor cada vez maior à prática da caridade.

Os anos passam e acaba pôr abrir seu próprio terreiro. Inúmeras pessoas procuram os seus guias e recebem um lenitivo, uma palavra de consolo e esperança.
Foram tantos os pedidos e tantos os trabalhos realizados que já perdera a conta.
Viu inúmeras pessoas que declaravam amor eterno pela Umbanda e bastava que alguns pedidos não fossem alcançados na plenitude desejada que já se afastavam, criticando o que ontem lhes era sagrado...

Presenciou pessoas que, vindas de outras religiões, encontraram a paz dentro do terreiro, mantido a duras penas, uma vez que nada cobrava pelos trabalhos realizados ("Dai de graça o que de graças recebestes").

Solteiro permanecia até hoje, pois embora tivesse tido várias mulheres que lhe foram caras, nenhuma delas agüentou ficar a seu lado, pois para ele a vida sacerdotal se impunha a qualquer outro tipo de relacionamento. Amava mesmo assim todas aquelas que lhe fizeram companhia em sua jornada terrena.

Brincava, o velho pai de santo, quando lhe perguntavam se era casado e respondia, bem humorado, que se casara muito cedo, ainda menino.
A curiosidade dos interlocutores quanto ao nome da esposa era satisfeita com uma só palavra:
Umbanda, este era o nome da esposa.

Com o passar do tempo, a idade foi chegando; muitos de seus filhos de fé seguiram seus destinos vindo eles também a abrirem suas casas de caridade. O peso da idade não o impede de receber suas entidades. Ainda ecoa, pelo velho e querido terreiro, o brado de seu Caboclo, o cachimbo do Preto-velho perfuma o ambiente, a gargalhada do Exu ainda impressiona, a alegria do Erê emociona a ele e a todos...

Enfim, sente-se útil ao trabalhar.

Hoje não tem gira.
O terreiro está limpo, as velas estão acessas e tudo parece normal. Resolve adentrar ao terreiro para passar o tempo, perdera a noção das horas. Apura os ouvidos e sente passos a seu redor, percebe que alguém puxa pontos e que o atabaque toca. Ele está de costas para todos e de frente para o congá. O cheiro da defumação invade suas narinas...

Seus olhos se enchem de lágrimas na mesma proporção que seu coração se enche de alegria. Estranhamente, não sente coragem ou vontade de olhar para trás, apenas canta junto os pontos. Fixa seus olhos nas imagens do altar, fecha os olhos e ainda assim vê nitidamente o congá, parece que percebe o movimento do terreiro aumentar.

Vira de costas para o congá e a cena o surpreende: vê Caboclos,Boiadeiros, Pretos Velhos, Marujos, Baianos, Erês e toda uma gama de Guias... Até Exus e Pomba Giras estão ali na porteira. Se dá conta que os vê como são, não estão incorporados. Todos lhes sorriem amavelmente.

Dentre tantos Guias, percebe aqueles que incorporam nele desde criança. Tenta bater cabeça em homenagem a eles, mas é impedido. O Caboclo, seu guia de frente, se adianta, lhe abraça, brada seu grito guerreiro... Os demais o acompanham. O velho pai de santo não agüenta e chora emocionado... As lágrimas lhe turvam a vista. Fecha seus olhos e ao abri-los todos os guias ainda permanecem em seus lugares embora calados...

Nota uma luz brilhante em sua direção, Iansã e Omulu se aproximam, seu Caboclo os saúda e é correspondido. A luz o envolve completamente.
Já não se sente mais velho.
Na verdade sente-se jovem como nunca.
Seu corpo está leve e ele levita em direção à luz.
Todos os guias fazem reverência...
O terreiro vai ficando longe envolto em luz...
Ele sorri alegre... A missão estava cumprida...

No dia seguinte, encontram seu corpo aos pés do congá.
Tinha nos lábios um sorriso..."

( Autor Desconhecido)

 

 

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Os Orixás não tem culpa...




Boa tarde queridos amigos...


Nossa quando li este post hoje lembrei de muitas pessoas que chegam ao Centro, colocando a culpa no seu anjo da guarda, de deteminadas coisas que não dão certo na sua vida. Cada um possui o livre arbítrio para viver a sua vida, e levá-la da forma que quiser. O Orixá pode sim orientar o caminho menos árduo e pode ajudar para que possamos ter força para enfrentar a todos os obstáculos propostos no nosso caminho, mais o guia não pode escolher por ninguém. Como diz o ditado: "cada um colhe o que planta"... Se plantarmos arroz não poderemos colher feijão... Mais se plantarmos amizade, vamos colhê-la... Se plantarmos o amor vamos colhê-lo. E assim é a nossa vida, somos exatamente responsáveis por todos os atos e a culpa é nossa...


Axé!!!

terça-feira, 24 de abril de 2012

Salve o dia 23 de Abril... Salve Jorge... Ogunhê meu Pai....

"Eu andarei vestido e armado, com as armas de São Jorge. Para que meus inimigos tendo pés não me alcancem, tendo mãos não me peguem, tendo olhos não me enxerguem, nem pensamentos eles possam ter para me fazerem mal. armas de fogo o meu corpo não alcançarão, facas e lanças se quebrem sem ao meu corpo chegar, cordas e correntes se quebrem sem ao meu corpo, amarrar.

São Jorge, cavaleiro corajoso, intrépido e vencedor; abre os meus caminhos. Ajuda-me a conseguir um bom emprego; faze com que eu seja bem quisto por todos: superiores, colegas e subordinados. que a paz, o amor e a harmonia estejam sempre presentes no meu coração , no meu lar e no meu serviço; vela por mim e pelos meus , protegendo-nos sempre , abrindo e iluminando os nossos caminhos , ajudando-nos também a transmitirmos paz, amor e harmonia a todos que nos cercam. Amém."



Que a sua espada corte todos os males do nosso caminho meu rico Pai. Que o brilho da lua ilumine a nossa estrada para que possamos andar sempre no caminho certo. Que nós, os seus soldados possamos estar firmes sempre para enfrentarmos qualquer tipo de batalha, pois filho não cai meu pai.

 

 

Axé,

Salve Jorgeeeeeeeeee!!!

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Dia do Índio e Dia de Santo Expedito



Hoje o post é em Homenagem ao Dia do Índio e pelo Dia do Santo das Causas Impossíveis, Santo Expedito.

Muito Axé pra todos...



quarta-feira, 18 de abril de 2012

Curiosidades...







Cor e Significado das Penas:

Existia uma Lenda que o Caboclo que praticava uma
Ação em benefício de alguém ou da aldeia , recebia
Uma faixa de Couro (Tiara), Que era Colocada em sua
Testa , Protegia Assim o chacra Frontal, Sendo Presa
Nesta Tiara uma pena com a cor de acordo com a ação
Que realizara.
A pena Carijó aos que cuidavam das Armas
A pena Dourada era destinada aos Sábios e Conselheiros.
A pena Roxa simbolizava as caçadas importantes
A pena Verde aos que cuidavam das Plantas, Folhas e Frutos.
A pena Branca era símbolo da Fé e do Amor
A pena Azul era dada àqueles que protegiam a Aldeia
A pena Vermelha aos grandes Guerreiros...

Fonte: http://umbandacaminhodaferitosdeumba.blogspot.com.br/

terça-feira, 17 de abril de 2012

terça-feira, 10 de abril de 2012



"NINGUÉM ENTRA PARA A CORRENTE MEDIÚNICA À FORÇA.
SEI QUE TODOS TEM SEUS PROBLEMAS, SUAS AFLIÇÕES.
MAS FILHO DE FÉ RESOLVEU VESTIR BRANCO PARA APRENDER A PROMOVER A CARIDADE.

CUIDE-SE DE ENTREGAR-TE AOS TRABALHOS DE CORAÇÃO, AO PISAR NO CHÃO SAGRADO, LIMPE SUA CONSCIÊNCIA E CONCENTRE-SE NA CORRENTE MEDIÚNICA.
ENTENDA QUE AJUDANDO SEU SEMELHANTE, AUTOMATICAMENTE O ASTRAL E AS SUAS ENTIDADES SE ENCARREGAM DOS SEUS PROBLEMAS PESSOAIS.

CANTE COM LOUVOR, ORE COM SUA EMOÇÃO, ALIMENTE POSITIVAMENTE O CAMPO VIBRATÓRIO PARA VOCÊ SER UMA SOMA E NÃO UMA INTERRUPÇÃO NA VIBRAÇÃO NECESSÁRIA QUE NOSSOS GUIAS PRECISAM."
O ASTRAL PRECISA DE VOCÊ, COLABORE!

MUITO AXÉ,
FABIANO D'OXUM

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Olá...


C.E.U. Ogum da Lua & Fraternidade Mamãe Oxum foi fundado dia 16/10/2004, tendo como dirigente espiritual o Pai Fabiano d'Oxum, filho do Grande Babalorixá Jair de Bará . O centro é localizado na Monte Alegre - Viamão/RS.



O QUE É SER UMBANDISTA?

É saber amar, perdoar, esquecendo a ofensa do irmão que o magoa.
É transformar a própria dor em sentimento de alegria.
É procurar adquirir cultura, instruindo-se para poder instruir.
É possuir mente e coração brilhantes para iluminar caminhos obscuros e pedregosos.
É estar indiferente a elogios e imune a criticas de pessoas incompreensíveis.

É agradecer aos guias que o escolheram para servir-lhes de intérprete.
É entoar hinos de louvor ao Pai que lá do alto também o socorre.
É constituir-se em tábua de salvação a irmãos naufragados no mar do desespero.
É carregar a bandeira da fé com entusiasmo e dedicação.
É dar exemplos de moral e virtudes para que outros os sigam.
É esquecer-se de si mesmo (a), auxiliando aflitos e sofredores.
É sentir os problemas do próximo, como se fossem seus também.
É seguir o mestre Jesus, levando com paciência a própria cruz até o calvário.
É buscar enxugar lágrimas, aliviar dores e solucionar problemas.
É partir para o além com a satisfação de dever cumprido.